Com os debates em torno do referendo, tive oportunidade de descobrir um grande grupo de pessoas que comunga de idéias e valores muito semelhantes aos meus. Colegas de trabalho de vários anos, com os quais quase nunca falei sobre política, passaram a trocar e-mails acalorados contra o referendo. Pude observar o quão semelhante éramos não só neste aspecto mas em tantos outros. É verdade que a homogeneidade "natural" do ambiente de trabalho, onde todos têm nível sócio-econômico e formação semelhantes, não permite extrapolar essas observações para o universo da população, mas é um alento constatar que no seio da classe média ainda prosperam antigos valores e ideais, mesmo que não manifestados.
Ontem me surpreendi com minha mãe septuagenária, tão receosa e avessa a qualquer violência, saindo para votar no NÃO com um belo entusiasmo cívico.
Ontem me surpreendi com minha mãe septuagenária, tão receosa e avessa a qualquer violência, saindo para votar no NÃO com um belo entusiasmo cívico.
Todas estas observações cotidianas me reforçam o convencimento de que por de baixo da terra arrasada e retorcida por décadas de desconstrução cultural esquerdista, respiram fortes raízes prontas a vicejar e a reconquistar o terreno perdido.
Dizem que a ignorância do terreno pode ser um alívio para a alma do viajante e que o mantém no caminho, sem desistir da jornada. Como não enxergo tão longe quanto o mestre Olavo de Carvalho, sigo acreditando em dias melhores.
Próximas batalhas da agenda esquerdista: legalização do aborto e da união civil de homossexuais.